terça-feira, 22 de novembro de 2011

Manter uma identidade não fragmentada é sinal de saúde mental. O cuidado com o “eu”.





Falando sobre os transtornos...

         O TDAH por si só já é um transtorno de difícil convivência, já que a vida em comum é uma verdadeira montanha russa emocional, somado a outro transtorno, o Transtorno  da Personalidade Narcisista, exige um grau infinito de imunidade psicológica, coisa muito difícil, diria que impossível sem ajuda profissional.  Vou mais além, conviver com uma pessoa assim é um desastre, sem exageros, de caráter catastrófico no psicológico, por que ninguém imagina precisar ter imunidade emocional para conviver com um ser humano que diz te amar,  e quando percebe o estrago já foi feito.  Aí fica a pergunta sem resposta. Até que ponto minha sanidade foi abalada? Lógico que, quando descobrimos, passamos a devorar tudo sobre o assunto, buscando respostas, e tentando “voltar o filme” para entender coisas que depois parecem tão evidentes, que estavam lá, mas estávamos cegos, pois só víamos o que o TDAH queria que víssemos.  Quero deixar bem claro, que o TDAH, a que me refiro sempre nesse texto, é o mais severo grau do transtorno e com comorbidade de Transtorno de Personalidade. Os TDAH de grau leve são criaturas lindas e criativas e se pode divertir com suas peculiaridades, assim como não é tão complicado conviver com alguém com um traço leve de narcisismo.
     Quando se lê somente sobre o TDAH já se lê muito sobre o próprio narcisismo, só que de maneira um pouco mais leve, um narcisismo como conseqüência de alguns comportamentos. Comorbidade é um distúrbio associado e está presente em 50% dos diagnósticos e em maior porcentagem em homens.         Encontrei o TDAH com diversos transtornos de personalidade, como boderline, paranóide, compulsivo-obsessivo, depressivo, porém nada sobre narcisismo (vide CID-10), creio que por que o TDAH já tem traços bem narcisistas o que acaba confundindo. Lendo sobre a personalidade narcisista conclui que há uma diferença num nível de intensidade e consciência. O mesmo acontece com o passivo-agressivo.
Quando se fala em TDAH todo mundo logo pensa na criança hiperativa que enlouquece pais e professores, ou na menina distraidinha que tira notas baixas na escola, mas o transtorno vai muito mais além. Na verdade o que se tem são graus de TDAH, diferentes tendências (distração, impulsividade, hiperatividade) e possíveis comorbidades ( transtornos de personalidade), tornando difícil um diagnóstico, pois são muitas as somas e combinações. O diagnóstico vai depender muito do profissional procurado. Em minha opinião eles não estão aptos a fazê-lo. O “paciente” preenche um questionário e obtendo um número determinado de resposta positivas é qualificado. Não entendo, pois é um distúrbio com características tão sutis, que só mesmo uma pessoa de estreita convivência com o “paciente” pode responder determinadas questões, que vão muito mais além do proposto. No meu caso se eu não tivesse entrado na consulta, o psiquiatra teria desqualificado meu “parceiro”, já que a classe tem certos cuidados, principalmente hoje em dia, quando esse transtorno se tornou uma doença da moda, e o medicamento controlado utilizado para outros fins. Também não houve a preocupação em se descobrir as tendências e nem se existe outro distúrbio associado. Ele prescreveu o remédio, e pronto!

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